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28 de October , 2019
Por: Agencia B&B

Arquitetura de Interiores

A expressão original Arquitetura de Interiores, conforme os cânones da Arquitetura e as atribuições internacionais, refere-se ao projeto de espaços internos referentes à edificação, ao seu uso e às necessidades do projeto: vãos livres; aberturas e fechamentos; pilares, colunas e vigas; níveis e desníveis estruturais; mezaninos estruturais; escadarias e rampas estruturais, entre outros elementos estruturais.

Nos dias atuais, parece referir-se à parte da arquitetura (profissão generalista por excelência) que dirige o seu olhar para a intervenção nos espaços interiores, seja ou não através da alteração desses espaços em função de sua ocupação, podendo compartilhar com os decoradores o estudo das questões estéticas referentes à seleção de equipamentos e mobiliários, assim como materiais de revestimento, objetos acessórios e obras de arte.

Há um equívoco no uso da expressão como sinônimo do Design de Interiores, já que se constata, na formação do arquiteto, ausência de disciplinas ligadas diretamente aos estudos, análises e planejamentos dos Interiores, assim como abordagem de problemas e metodologias de Design no desenvolvimento dos trabalhos.

No entanto, o domínio da metodologia de projeto e a busca de formação continuada através de cursos que ampliem a compreensão dos espaços interiores e sua ocupação por um usuário específico podem facultar tal prática a este profissional.

 

Decoração

Decoração, profissão que prescinde de formação especializada e que permite que autodidatas a ela se dediquem, igualmente trabalha com espaços interiores, através da seleção de equipamentos e mobiliários, assim como materiais de revestimento, objetos acessórios e obras de arte, sem que haja qualquer tipo intervenção nos espaços arquitetônicos pré-existentes. Sua atuação pode garantir significativas contribuições estéticas ao arquiteto.

O termo foi usado em época que não se admitiam estrangeirismos no país, mas hoje não tem mais sentido usar o termo como sinônimo do Design de Interiores. Além disso, a decoração faz parte da atividade projetual do Designer, mas o contrário não é verdadeiro, pelo fato de que este abarca complexos estudos ligados à teoria e à prática da vida social, indo além das funções de natureza estética, mas com foco nas funções de ordem simbólica e prática. O Design de Interiores resolve problemas ligados ao usuário, e isso é a base de sua intervenção.

 

Design de Interiores

Design de Interiores é a profissão regulamentada pela Lei 13.369/12, que garante o exercício profissional de toda uma categoria especialista nos trabalhos de projeto e configuração dos espaços e ambientes interiores, visando ao conforto, à estética, à saúde e segurança, através de uma metodologia de design centrada no usuário e no respeito aos aspectos sociais e sustentáveis de suas intervenções.

Vai, portanto, muito além do decorador, pois possui conhecimentos específicos que vão da análise espacial à busca da compreensão psicológica do usuário, passando pelo programa de necessidades e pelo briefing, pelo conceito de projeto, pela Ergonomia – em suas diferentes abordagens, com o intuito de solucionar problemas e garantir aos usuários espaços adequados as suas necessidades individuais e/ou coletivas, pessoais ou profissionais. Busca o conforto ergonômico, térmico, acústico, lumínico e psicológico, compreendendo o comportamento do usuário e sua inserção cultural, otimizando a qualidade de vida e garantindo pertinência e identidade.

Conhece as normas específicas e altera com responsabilidade a configuração dos espaços, buscando a colaboração de outros profissionais com responsabilidade técnica garantida por lei nas intervenções e instalações que assim o exigem (estruturais). O título de Designer de Ambientes, embora optando por um termo de maior abrangência, remete ao mesmo profissional. No entanto, Interiores é internacionalmente usado e o define com mais precisão.

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