Climatização de Ambientes

Com o passar do tempo, percebemos que a climatização de ambientes deixou de ser luxo e passou a ser um item fundamental. A climatização pode ser a garantia de conforto de quem trabalha em ambientes fechados, ou em casas em regiões áridas. Mais do que a atuar na necessidade térmica, para a criação de ambientes realmente saldáveis e imersivos, a climatização pode fazer a diferença ao designer de interiores.

Como ninguém consegue dormir, trabalhar, limpar a casa, passar roupa ou até mesmo repousar e receber os amigos se o ambiente estiver extremamente quente, neste post, vamos mostrar como o design de interiores e a climatização podem unir tecnologia ao bem estar.

Quem vê um equipamento de climatização de ambientes pode imaginar que eles tenham sido criados somente para adequação da temperatura. No entanto, a ideia principal de climatizar um ambiente é reproduzir características naturais o máximo possível.

 

APRENDA A DESENVOLVER O CONFORTO TÉRMICO NO DESIGN DE INTERIORES:

Escolha materiais que facilitem o conforto térmico.

Você pode investir em materiais que proporcionem mais conforto térmico para a residência, tais como: isolamento acústico (lã de vidro ou rocha); paredes de drywall; telhas cerâmicas, metálicas ou verdes; cobogós e brises.

Avalie em seu briefing, a preferência dos moradores do local em relação à temperatura.

Cada pessoa tem uma preferência: umas amam o frio enquanto outras preferem o calor. Por isso, antes de tomar qualquer decisão sobre a melhor tecnologia para o conforto térmico, é imprescindível ter em mente as preferências dos moradores do local com relação à temperatura.

 

Considere os parâmetros de conforto térmico

Por ser um tipo de energia, o calor pode ser transferido de um corpo para o outro quando há diferenças de temperaturas entre eles. Os principais parâmetros de conforto térmico em um ambiente são:

radiação: transferência de energia por meio das superfícies como piso, teto e parede;

convecção: transferência de energia por meio do fluxo de ar;

condução: transferência de energia por meio do contato direto com superfícies como mesas e cadeiras.

Por isso, compreender esses parâmetros é fundamental para saber como desenvolver o conforto térmico no design de interiores.

 

Utilize a tecnologia a seu favor – Qualidade do ar e controle de vírus

A tecnologia Streamer, exclusiva e patenteada pela Daikin é capaz de inativar mais de 99,9% do novo Coronavirus. Essa tecnologia age com uma descarga de plasma de alta energia e funciona da seguinte forma: O equipamento emite elétrons de alta velocidade que colidem e se combinam com as moléculas presentes no ar, formando quatro tipos de elementos que, por sua vez, possuem elevado potencial de decomposição de substâncias, como bactérias, vírus, odores e poluentes.

 

Percebeu como a climatização pode mudar até mesmo o valor percebido de seus projetos? Continue acompanhando a ABD para mais dicas de climatização!

Climatização de Ambientes
7 Passos de Como Abrir Uma Empresa de Design de Interiores

Quer empreender e saber como abrir uma empresa de design de interiores?

Se você já atua na área e quer se profissionalizar ou está iniciando na carreira e prefere começar com tudo certo, você chegou ao lugar certo!

Optar por abrir a própria empresa é uma decisão importante e requer muito planejamento, afinal, envolve pagamento de taxas e necessidade de conquistar mais clientes

Porém, uma vez que você está certo do que vai fazer, basta seguir alguns passos de como abrir uma empresa de design de interiores, incluindo:

  1. Abra um CNPJ
  2. Faça um plano de negócios
  3. Crie sua marca
  4. Defina sua sede
  5. Desenvolva um site e redes sociais
  6. Divulgue seu trabalho
  7. Busque bons parceiros

Ter a sua própria empresa, como montar uma empresa de design de interiores, ou sair da informalidade é o sonho de muitos profissionais. Se você está neste estágio da carreira, continue lendo este artigo para saber ver em detalhe os 7 passos de como abrir uma empresa de design de interiores. 

7 PASSOS ESSENCIAIS DE COMO ABRIR UMA EMPRESA DE DESIGN DE INTERIORES

1) CRIE UM CNPJ

Antes de saber como abrir uma empresa de design de interiores é importante que você esteja ciente que um dos primeiros passos é abrir um CNPJ para emitir notas fiscais. Isso é fundamental principalmente para atender clientes maiores que precisam prestar contas e por isso necessitam do cupom fiscal.

O designer de interiores não pode ser MEI (Microempreendedor Individual), pois é, de Acordo com a Associação Brasileira de Designers de Interiores, uma profissão que constitui de caráter intelectual e é regularizada por lei.

Portanto, a saída é ter um CNPJ. Para isso, basta se cadastrar no site da Receita Federal. Lembrando que toda empresa com CNPJ precisa ter um contador, por lei. Então, será necessário contratar um.

2) FAÇA UM PLANO DE NEGÓCIOS

Outro passo de como abrir uma empresa de design de interiores é elaborar seu plano de negócios. Essa é uma parte extremamente importante para quem está abrindo um negócio, porque no plano você vai colocar no papel a ideia da sua empresa, seus objetivos e expectativas, como:

  • Descrição da empresa;
  • Análise de mercado;
  • Seu público-alvo;
  • Objetivos da empresa;
  • Estratégia de divulgação;
  • Estratégia de preços.

Depois que você tiver tudo isso pronto, as ideias da empresa ficarão muito mais clara e isso vai facilitar seu processo de abertura. Além de ajudá-lo a lembrar dos detalhes mais importantes sempre que necessário.

3) CRIE A SUA MARCA

Ter uma marca é extremamente importante para você ser lembrado, por isso ela está nos primeiros passos de como abrir uma empresa de design de interiores. Se você tiver uma marca desde o início da sua operação, ajudará na lembrança recorrente.

Depois de ter especificado e detalhado como vai montar sua empresa de design de interiores no plano de negócios, já vai conseguir ter ideias para a criação da sua marca. Você mesmo pode fazer isso, ou então contratar uma empresa especializada.

4) DEFINA SUA SEDE

Depois que tiver feito o plano de negócios, o próximo passo de como abrir uma empresa de design de interiores é saber onde vai atuar e definir sua sede. É importante levar em consideração seu público-alvo e se instalar em um local de fácil acesso a ele.

5) DESENVOLVA UM SITE E REDES SOCIAIS

Hoje em dia sempre que precisamos de algo nos recorremos à internet, certo? Por isso, todas as empresas precisam estar nesse meio para serem encontradas. Depois que sua empresa já estiver com tudo definido é hora de colocá-la na rede.

Ter um site significa também mais credibilidade. Uma empresa que mantém um site bem feito e organizado sem dúvida vai cativar o cliente pela confiança que vai transmitir por meio dele.

Principalmente por se tratar de uma empresa de design de interiores, você deve caprichar nas fotos!

As redes sociais são igualmente importantes, principalmente para mostrar exemplos de trabalhos que você já fez. Escolha sempre as melhores fotos, pois também é uma forma de conquistar novos clientes.

6) DIVULGUE SEU TRABALHO

Com tudo criado e alinhado, um dos passos mais importantes de como abrir uma empresa de design de interiores é encontrar clientes.

Começar a divulgar em seu meio e para os seus amigos é a primeira forma. Os amigos conhecem você e confiam, as chances de eles indicarem seu trabalho para outros amigos é grande.

Confira no vídeo abaixo essa e outras dicas de como conseguir os primeiros clientes, depois que decidiu abrir uma empresa de design de interiores:

 

7) BUSQUE PARCEIROS CONFIÁVEIS

Tão importante quanto ter uma sede, com aqueles móveis para escritório que não podem faltar na empresa, é poder contar sempre com os melhores fornecedores. Imagina que chegou o grande momento de colocar em prática aquele projeto do escritório tão sonhado, você está todo empolgado para mostrar seu trabalho!

Mas aí já bate aquela dúvida, qual o melhor fornecedor dos móveis para esse projeto?

É preciso pensar se a qualidade irá atender seu cliente, se terá a ergonomia adequada e até mesmo se vão entregar e montar no prazo!

Nós sabemos da importância e responsabilidade que você tem com seu cliente!

 

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Até a próxima!

7 Passos de Como Abrir Uma Empresa de Design de Interiores
Design Biofílico – Você Conhece os Benefícios?

Design Biofílico – Você Conhece os Benefícios?

O Design Biofílico vem alterando a forma com que as pessoas se relacionam com ambientes! Nossa era é marcada pela crescente valorização da qualidade de vida das pessoas, seja em casa ou no trabalho. E nós, designers de interiores, temos a reponsabilidade de projetar também pensando no bem-estar.

Mas você já conhece a extensão total de benefícios do Design Biofílico?
Veja a seguir:

  • Diminui índice de stress no ambiente de trabalho;
  • Menores distúrbios no ciclo circadiano;
  • Satisfação, Sensação de Bem-Estar;
  • Melhor frequência de batimentos cardíacos, estado mental mais relaxado;
  • Facilita a concentração e atenção, contribuindo para a criatividade e produtividade.

O que é o Design Biofílico?

O conceito do Design Biofílico, nada mais é do que a construção desses espaços que valorizem a vida. O nome relativo a Biofilia significa amor à vida, e também pode ser classificada como preservação e conservação.

O estudo conecta seres humanos com o meio ambiente, a fim de melhorar a saúde física e mental. E como exemplo de um bom projeto biofílico, temos a instituição de caridade britânica Maggie’s.

Localizada no campus do Hospital Universitário St. James em Leeds na Inglaterra. A instituição foi toda projetada com elementos do design biofílico, para proporcionar bem-estar e acolhimento a pacientes com câncer e seus familiares.

O projeto foi concebido pelo estúdio Heatherwick sediado em Londres, e teve inicialmente o desafio de proporcionar um espaço acolhedor aos pacientes que estão em período de pausa nos tratamentos com grande stress.

A Biofilia e a Biomimética!

Agora que você entendeu de forma geral o conceito de Design biofílico, aqui apresentamos mais um termo que enriquece o estudo de ambientes. Assim como Biofilia, esse princípio está surgindo nos debates sobre o futuro do Design de Interiores e os impactos pós pandêmicos.

A Biomimética é a área que estuda os princípios criativos da natureza, visando soluções para problemas atuais da sociedade, unindo funcionalidade e sustentabilidade com o melhor do design. Ela pode ser entendida como uma ciência que busca inspiração e soluções na natureza para projetar ambientes mais inteligentes, funcionais e sustentáveis.

Esses conceitos vão além da geração de tendências ou modas passageiras, ilustrando boa parte do futuro do design de ambientes e produtos para os próximos anos.

Mas e você? Tem usado os conceitos da Biofilia em seus projetos?
Associe-se a ABD para ter acesso a cursos com os temas mais importantes de nosso mercado!

Design Biofílico – Você Conhece os Benefícios?
Resolução 51

 

São Paulo, 17 de fevereiro de 2020.

 

MANIFESTAÇÃO

 

ASSUNTO: Grupo de Trabalho para harmonização de profissões e o substitutivo aprovado ao PL 9818/18.

 

A Associação Brasileira de Designers de Interiores (ABD) gostaria de informar a deliberação do seu Conselho a respeito do resultado da primeira etapa de negociação do grupo de trabalho coordenado pela presidente da CTASP, deputada Professora Marcivânia, que resultou no substitutivo ao PL 9818/18 (texto alternativo ao original) aprovado pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara dos Deputados.

 

Para recordar:

 

  1. As reuniões do grupo de trabalho ocorreram na sala da presidência da CTASP e contou com a participação das seguintes entidades de classe: ABD, Associação Nacional de Paisagismo (ANP), Associação de Designers de Produto (ADP), Associação Brasileira de Engenheiros Civis (ABENC), Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA) , Conselho Federal de Biologia (CFBio) e Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU).

 

  1. Os termos do acordo foram:
    1. Comprometimento do CAU em revisar a Resolução 51 com a substituição do termo “privativo” por “compete”, reconhecendo que as atividades descritas na resolução são compartilhadas com outras profissões;
    2. Propor outro texto para o Projeto de Lei 9818/2018, de autoria do Deputado Ricardo Izar (PP/SP), que possa conferir ao 3º da Lei

12.378 de 2010 a exclusão da prerrogativa do CAU de definir atividades privativas e corrigir demais questões técnicas de redação.

 

  1. As reuniões do grupo de trabalho não se encerraram no ano de 2019. Foi manifestada pela deputada Marcivânia a intenção de acompanhar a formulação

 

de resolução conjunta dos conselhos envolvidos para que não haja mais divergências, com a observância das associações envolvidas.

  1. Até a data da votação na CTASP, no dia 11 de dezembro de 2019, apenas o CONFEA e o CAU haviam se pronunciado, por meio de seus conselhos deliberativos, sobre a minuta do substitutivo aprovado. Ambos os conselhos aprovaram sem considerações ao

 

 

Deliberação:

 

A ABD acredita que o grupo de trabalho está no caminho para a harmonização entre profissões e vê com bons olhos as deliberações do CAU e do CONFEA como sinal de boa-fé às demais entidades.

 

Ouvidas as áreas técnicas e acadêmicas, a ABD manifesta sua posição pela aprovação com ressalvas.

 

As ressalvas da ABD referem-se ao parágrafo 1º do texto aprovado e ao parágrafo 3º do Art. 3º da Lei 12.378, não modificado pelo substitutivo. Para garantir uma redação mais adequada aos termos do acordo, a ABD defende a exclusão de um trecho e a revisão de outro conforme demonstrado no anexo abaixo.

 

Certos de que estamos próximos do acordo, a ABD continuará contribuindo para o andamento dos trabalhos com transparência e ética; e requere que as considerações sejam contempladas na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC), que é a próxima etapa da tramitação do PL 9818/18.

 

 

Silvana Carminati

Presidente

Atenciosamente.

 

 

ANEXO:

 

“Art. 3º Os campos de atuação profissional para o exercício da Arquitetura e Urbanismo são definidos a partir das competências e habilidades adquiridas na formação do profissional arquiteto e urbanista nas quais os núcleos de conhecimentos de fundamentação e de conhecimentos profissionais caracterizam a unidade de atuação profissional.

  • 1º O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR especificará, atentando para o disposto no caput, as áreas de atuação dos arquitetos e urbanistas. e as áreas deatuação compartilhadas com outras profissões regulamentadas.
  • 2º Serão consideradas competências de profissional especializado as áreas de atuação nas quais a ausência de formação superior exponha o usuário do serviço a qualquer risco ou danos materiais à segurança, à saúde e ao meio ambiente.
  • 3º No exercício de atividades em áreas de atuação compartilhadas com outras áreas profissionais, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU do Estado ou do Distrito Federal fiscalizará o exercício profissional da Arquitetura e Urbanismo do arquiteto e urbanista.

…………………………………………………………………………………………………………………………..

  • 6º – Nenhum profissional poderá desempenhar atividades além daquelas que lhe competem, pelas características de seu currículo escolar, consideradas em cada caso, apenas, as disciplinas que contribuem para a graduação profissional, salvo outras que lhe sejam acrescidas em curso de pós-graduação, nos campos de atuação definidos nesta Lei.
  • 7º As disciplinas e as atividades de caráter informativo ou meramente complementar que extrapolem os campos de atuação definidos nesta Lei, em nenhum caso contribuirão para a concessão de atribuições profissionais.

 

Legenda:

Trecho excluído pela ressalva da ABD Trecho inserido pela ressalva da ABD

 

Explicação:

 

  • É termo do acordo reverter a prerrogativa do CAU em definir o que são atividades privativas dos arquitetos e Este entendimento se fundamenta no princípio de que é direito inerente do CAU regular e definir as competências de seus profissionais, porém o texto da lei atual confere vantagem desproporcional em comparação a outras profissões. Uma vez que um conselho pode ditar o que lhe é privativo, incorre-se no risco de subtrair atividades de outras categorias, como de fato aconteceu com a Resolução 51, que motivou todo esse processo de conciliação. Portanto, sob esse mesmo entendimento, defende-se que não se deve manter a prerrogativa do CAU em estipular o compartilhamento, pois pode conferir a compreensão equivocada de que as outras profissões precisarão do reconhecimento público do CAU quanto às atividades compartilhadas.

 

  • Seguindo a lógica da argumentação anterior e partindo-se do pressuposto que existem diversas atividades compartilhadas, compreende-se que a Arquitetura e o Urbanismo seriam interseções de várias outras modalidades de profissão. Por esse motivo, algumas atividades específicas, como o Design de Interiores, podem ser entendidas como especialidades autônomas ou que compreendam atividades da Arquitetura e do Urbanismo. Com intuito de garantir a pacificação entre as categorias, propõe-se especificar que no “exercício de atividades em áreas compartilhadas com outras áreas profissionais, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU do Estado ou do Distrito Federal fiscalizará o exercício profissional” do arquiteto e urbanista, conferindo clareza à intenção de delimitar a atividade fiscalizatória apenas aos profissionais do respectivo.

 

Resolução 51
A Arte De Moldar Espaços

Regulamentada pelo Crea-SP apenas esse ano, a profissão de designer de interiores nasceu multidisciplinar e conversa com setores da arquitetura e engenharia.

TEXTO PEDRO ZUCCOLOTTO
REVISTA aU 

Utilizar técnicas cenográficas e visuais para compor e decorar ambientes    internos é a função do designer de interiores. “Nosso trabalho é multidisciplinar e, de certa forma, dialogamos e tangenciamos arquitetura e engenharia” afirma Sueli Garcia, Doutora em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Os tecnólogos e bacharéis dessa área buscam a incorporação no Crea desde 2016, quando a profissão foi regulamentada pela Lei 13.369/2016. No entanto, foi só a partir de maio desse ano que esses profissionais passaram a ter a possibilidade de dar entrada no Crea-SP para solicitar seus registros profissionais. Em conversa exclusiva com a aU, Garcia conta um pouco mais sobre essa área e da importância do reconhecimento de instituições como o Crea.

“Nossa preocupação está focada em proporcionar não só a praticidade, mas também o prazer. Então, para conseguirmos um resultado com o usuário, ou seja, para que a pessoa tenha a ideia de lar, precisamos estudar uma série de abordagens sobre o que acontece na casa que ele já vive, só assim é possível projetar novos espaços, averiguando questões tangíveis, simbólicas, performáticas e emocionais de sua relação com a casa.”

Em que medida as pessoas utilizam os serviços de um profissional (designer de interiores) para construir ou reformar?
A questão é que o design de interiores está preocupado exatamente com o espaço interno o que, em geral, não é o foco do arquiteto, eu penso que começa por aí. Nós estamos preocupados com os detalhes que se relacionam com indivíduo no cotidiano, então é da casca para dentro. Nós conhecemos intimamente a necessidade de um mínimo espaço e as tarefas do dia a dia. Nossa preocupação está focada em proporcionar não só a praticidade, mas também o prazer. Então, para conseguirmos um resultado com o usuário, ou seja, para que a pessoa tenha a ideia de lar, precisamos estudar uma série de abordagens sobre o que acontece na casa que ele já vive, só assim é possível projetar novos espaços, averiguando questões tangíveis, simbólicas, performáticas e emocionais de sua relação com a casa. Portanto, se não visitarmos a casa anterior do cliente fica bem difícil começar um trabalho. Nossa área é construir lugares para experiências de vida em todas as suas ‘nuances’, tanto em ambientes privados quanto públicos, mas a experiência de casa vem se tornando a base para repensarmos espaços públicos. Para construirmos algo contamos com nossos parceiros que são arquitetos e engenheiros, que não abrimos mão. Nosso trabalho é multidisciplinar e, de certa forma, dialogamos e tangenciamos arquitetura e engenharia.

Qual é o limite de atuação entre os profissionais do setor: arquitetos, designers, decoradores?
Em grande parte, quem opta por design de interiores não quer ser arquiteto. Nas construções e reformas nós sabemos quais são os nossos limites, para derrubar uma parede, hoje mais do nunca, pensamos 2 vezes em vários aspectos: tem a própria questão estrutural que para isso chamamos parceiros aptos, e temos que averiguar se realmente é necessário, principalmente quando entramos em apartamentos novos que nossos clientes querem trocar os revestimentos. Nossas ações estão permeadas com impactos ambientes e responsabilidades de sustentabilidade. Nesse momento a RRT (Registro de Responsabilidade Técnica) está sendo construído para podermos adquirir o o registro de Design de Interiores nesse processo que foi iniciado em março de 2021. No momento iniciaram o cadastramento das instituições, enquanto estamos averiguando o currículo mínimo da profissão.

Acredito ser importante acentuar que nós profissionais não usamos a palavra decorador desde o final dos anos 1990, principalmente bacharelado. Na composição do catálogo das profissões nesse período, essa denominação foi substituída por design de interiores. Decoração entrou em desuso porque ela não dá conta da multidisciplinaridade e responsabilidade que a profissão exige. Vale acrescentar que desde esse período Design de Interiores passou a ser um segmento do campo do Design Industrial.

Por que deve existir formação específica em Design de Interiores?

Não fomos nós que inventamos a profissão de design interiores, ela
é derivada de uma necessidade da sociedade, ou seja, de um nicho que nem arquitetura e nem engenharia se dispuseram a solucionar, até porque temos que considerar que o design de interiores era totalmente menosprezado pelos 2 segmentos, mas com as novas demandas de culturas domésticas,
é necessário alguém que se detenha nesses aspectos. Por outro lado, o mercado imobiliário com uma planta básica pode construir várias torres sem grandes equipes de profissionais, tanto em arquitetura quanto engenharia, isso acabou por diminuir sensivelmente a demanda de trabalho para arquitetos e engenheiros. É possível perceber que hoje os cursos de pós-graduação em Design de Interiores são constituídos basicamente desses 2 profissionais, que buscam se inserir em interiores.

Sobre as disciplinas para a formação de design de interiores, há um conjunto que tangencia arquitetura como comentamos anteriormente, e outras que não fazem parte da formação de arquitetura como, por exemplo: fenomenologia do espaço, interiores sensoriais, cenografia, história dos interiores e do mobiliário, revestimentos para interiores, composição de espaços, design de móveis, processos industriais, Gestalt e cor nos interiores, práticas integrativas de saúde, salutogênese, saúde ambiental etc.

Quais conceitos a grade curricular de um curso de arquitetura deixa de cobrir em relação a um curso de Design de Interiores?
É importante salientar a questão das escalas entre Design de Interiores e Arquitetura. Eu acredito que as disciplinas que citei anteriormente mostram disciplinas que não são cobertas pelo curso de arquitetura que tem apenas um semestre de arquitetura dos interiores. Lembrando que hoje grande parte dos cursos de arquitetura possuem quase ou mais de 50% focado em urbanismo. Somos muito focados nas culturas, na geografia,
nos equipamentos dos interiores que vão desde a categoria de alimento, as panelas utilizadas, para averiguar o categoria de fogão, de armazenamento de alimentos, ou seja, a cultura doméstica, o genius loci do lugar etc.

Fale sobre o reconhecimento da profissão e o registro profissional junto ao CREA. Como se deu? Qual a importância disso?
A profissão foi reconhecida pela Lei Nº 13369 DE 12/12/2016, e isso aconteceu num momento histórico
de muita pressão onde o CAU tentava puxar para si a prática profissional de vários Campos criando assim quase um monopólio para a arquitetura.
Em 2010, a Resolução Nº 51 definia uma lista de atribuições privativas de arquitetos e urbanistas, e nessa lista constava paisagismo, topografia, e algumas abordagens profissionais dos engenheiros, e design de interiores. Após uma audiência pública em Brasília, por volta de 2015, concluiu-se que era inviável essa abrangência do CAU, que também pedia a extinção de Design de Interiores. Por fim, conseguimos e desde 2017 estávamos conversando com o CREA/SP para a entrada dos Designers de Interiores. Em 2018 o CAU procurou a ABD para um início de conversa para absorver os designers de interiores, mas a conversa com o CREA, já estava em andamento. O que foi conversado com o CAU foi a montagem de grupos de estudos para no futuro pensarmos sobre parcerias. Mas desde esse semestre iniciamos parceria com os engenheiros, numa campanha da ABD “adote um engenheiro”.

Há 2 meses, consolidamos essa parceria e as instituições estão se cadastrando no CREA, agora em mais de 11 estados, para que os profissionais se cadastrem. Mas nossa parceria com o CREA é de longa data. Em 1988 eu era professora da escola técnica Carlos de Campos e naquele período nossos alunos de Design de Interiores e Edificações já tinham registro do CREA e até onde eu saiba, nunca deixaram de ter esse registro. O que aconteceu é que os técnicos passaram a pertencer desde 2020 ao Conselho Regional dos Técnicos Industriais (CRT-SP). Os tecnólogos já iniciaram o processo de cadastramento no CREA. No caso dos bacharéis em Design de Interiores eles se cadastram como tecnólogos e logo que o processo de inserção dos bacharelados terminar, ele migra para essa categoria.

A importância é histórica de uma categoria que nasce de uma necessidade social e expande suas fronteiras profissionais. Hoje, o Design de Interiores é reconhecido no mundo. Posso dizer isso porque em 2019 estive como parte da delegação brasileira no grande encontro da IFI (International Federation of Interior Architects/Designers) e recebemos feedback de vários países africanos, europeus, norte-americanos, leste europeu e extremo oriente que hoje são muito atuantes em interiores.

“A importânciaé histórica de uma categoria que nasce de uma necessidade social e expande suas fronteiras profissionais. Hoje, o Design de Interiores é reconhecido no mundo. Posso dizer isso porque em 2019 estive como parte da delegação brasileira no grande encontro da IFI e recebemos feedback de vários países africanos, europeus,norte-americanos, leste europeu e oriente, que hoje são muito atuantes em interiores. “

 

 

Sueli Garcia – Doutora em Educação, Arte e História da Cultura do Mackenzie-SP (2014), mestra em Comunicação pela UNIP (2002) e graduada em Design pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo (1986). Atualmente é docente e coordenadora dos cursos de graduação de Design de Interiores e Design de Produto do Belas Artes-SP. Também é docente dos cursos de Pós-graduação em Design de Interiores e do Mestrado em Arquitetura, Urbanismo e Design da mesma instituição. É autora dos livros “Arquitetura do Espaço Cenográfico” (2011) e Arte e Cultura na Moda como fundamentos do vestir contemporâneo (2014). É conteudista do EAD de História do Design da Belas Artes. É Vice-presidente do Acadêmico da ABD – Associação Brasileira de Designers de Interiores. Desde 2010 é head e co-fundadora do escritório P.O.Box Design, empresa que desenvolve Tendências, Visual Merchandising, Produtos e Interiores Comerciais, através de Projetos e Consultoria, e conta com 2 prêmios na área em 2018 e 2019. Desenvolve figurino e cenografia para instituições culturais como Unifesp e Sesc há 16 anos.

A Arte De Moldar Espaços
Sítio Roberto Burle Marx É Reconhecido Como Patrimônio Mundial Da Unesco

Brasil acaba de receber mais um título de Patrimônio Mundial. Legado do paisagista brasileiro que criou o conceito de jardim tropical moderno, o Sítio Roberto Burle Marx (SRBM) foi reconhecido por unanimidade nesta terça-feira, 27 de julho, durante a 44ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Realizada em Fuzhou, na China, a reunião foi transmitida via internet para todo o mundo.

Com a nova chancela, o Brasil passa a ter 23 bens inscritos na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco, registro dos bens considerados como portadores de valor universal excepcional para a cultura da humanidade. O SRBM foi reconhecido na categoria de Paisagem Cultural, na qual se enquadram bens que referenciam a interação entre o ambiente natural e as atividades humanas, resultando em uma paisagem natural modificada.
Localizado na Barra de Guaratiba, Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ), o Sítio tem 405 mil metros quadrados de área e abriga uma coleção botânica com mais de 3.500 espécies de plantas tropicais e subtropicais, cultivada em viveiros e jardins.

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O sítio é uma unidade especial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo.

“O Sítio Roberto Burle Marx é certamente uma obra de arte, onde as paisagens são o elemento de maior destaque, ligando todo o conjunto com poderosa personalidade. Os espaços ajardinados do Sítio materializam tanto os princípios paisagísticos da obra de Burle Marx quanto os processos de análise, cultivo e experimentação que impulsionaram a criação do paisagismo tropical moderno. A vegetação organizada em diálogos de forma, cor e volume que permeiam todos os ambientes, mas também se articulam e interagem com a mata nativa, com a topografia e os acidentes naturais do terreno e com elementos artísticos e arquitetônicos de diferentes épocas e culturas, resultando numa paisagem notável e singular”, ressalta a diretora do SRBM, Claudia Storino.

“A chancela estabelece um compromisso para manter os valores excepcionais que tornam esse lugar de importância para toda a humanidade. Temos a missão de preservar para as futuras gerações este espaço de aprendizado e de fomento ao conhecimento sobre natureza, paisagismo, arte e botânica”, destaca Larissa Peixoto, presidente do Iphan.

Jardins, viveiros de plantas, sete edificações e seis lagos integram este espaço singular. A propriedade também guarda um acervo museológico de mais de três mil itens, que inclui um grande repertório da produção artística de Burle Marx, suas coleções de arte moderna, cuzquenha, pré-colombiana, sacra e popular brasileira, de cristais e de conchas, além do mobiliário e dos objetos de uso cotidiano da casa.

Maior e mais importante registro da obra de Burle Marx, o SRBM recebe cerca de 30 mil visitantes por ano. Conhecido internacionalmente como um dos mais relevantes paisagistas do século XX, Roberto adquiriu o Sítio em 1949 e ali viveu entre 1973 e 1994. Ao longo de 45 anos, reuniu na propriedade plantas de diversas partes do mundo e dos diversos biomas brasileiros, algumas atualmente em risco de extinção.

Todo esse conjunto acaba de passar por uma vasta requalificação, que fortaleceu e subsidiou o processo da candidatura ao título de Patrimônio Mundial. Por meio da Lei de Incentivo à Cultura, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) investiu aproximadamente R$ 5,4 milhões em projetos e intervenções para valorizar espaços de visitação, implementar medidas de acessibilidade, ampliar o acesso público e potencializar ações de pesquisa. Fruto de parceria firmada entre o Iphan e a Associação Intermuseus, associação civil sem fins lucrativos (Oscip), a requalificação iniciou em outubro de 2018 e foi concluída em fevereiro de 2021.

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Na articulação entre espaços ajardinados, arquitetura e acervo botânico, o SRBM testemunha de forma única o pensamento de Roberto Burle Marx e sua contribuição para um importante momento da história da humanidade – o período moderno do século XX -, que se materializou na arquitetura, nas artes, no planejamento urbano e, mais especificamente, na criação de paisagens.

Burle Marx foi pioneiro na luta pela conservação da natureza e ferrenho defensor do ambiente. Compreendendo desde cedo o potencial estético e a importância científica da flora tropical, introduziu o uso de espécies nativas em seus projetos paisagísticos, criando o conceito de jardim tropical moderno, alinhado ao movimento moderno na arquitetura e nas artes, que produziu grande impacto no campo mundial do paisagismo.

Claudia Storino explica que há camadas de conhecimento científico que precedem e permeiam os jardins. “Evidenciando essa dimensão conceitual, Burle Marx referia-se ao Sítio como o seu ‘cadinho’. Essa metáfora não é força de expressão ou referência fortuita. A energia depositada na constituição de sua coleção botânica; sua concentração na construção do conhecimento científico necessário ao cultivo, à reprodução e à utilização das espécies; a dedicação intensa e permanente à realização dos experimentos, juntando os diversos elementos vegetais sob os determinantes naturais de terra, água e luz, em busca dos resultados estéticos que o tempo se encarregaria de amadurecer. Tudo isso traça paralelos com o trabalho dos alquimistas. No caso da produção do jardim tropical moderno, o Sítio foi de fato o cadinho, ou crisol, onde os elementos foram misturados de modo a produzir uma obra nova, com novos princípios e nova expressão plástica”, esclarece a diretora.

Etapas da candidatura
O processo de construção de candidatura começou com a inscrição na lista indicativa brasileira a Patrimônio Mundial, em 2015. Desenvolvido pelo Iphan com a contribuição de muitos parceiros, o dossiê final do Sítio Burle Marx foi entregue à Unesco em janeiro de 2019. O documento defende o valor da propriedade como laboratório botânico e paisagístico.

No segundo semestre de 2019, o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos) realizou a “missão de avaliação” no Sítio, parte importante do processo de candidatura. A visita se desdobrou no relatório final, que subsidiou a análise pelo Comitê do Patrimônio Mundial.

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O título da Unesco cria um compromisso internacional de preservação do local. Um dos próximos passos será a formalização de um plano de gestão para o Sítio e seu entorno, na perspectiva do patrimônio mundial, envolvendo diversas instituições governamentais e atores da sociedade civil e definindo a matriz de responsabilidades de todos os parceiros. O plano mapeará riscos e apontará ações para minimizar possíveis ameaças ao valor universal excepcional do SRBM.

O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, destaca que o Sítio Roberto Burle Marx é um importante Patrimônio Cultural brasileiro tombado pelo Iphan, e a sua inscrição como Patrimônio Cultural Mundial reforça a sua importância também para o mundo. “A chancela representa o reconhecimento sobre a importância do Sítio também para a humanidade, aumentando os compromissos com a sua proteção, conservação e gestão, o que deve atrair ainda mais visitantes para conhecer este, que é um dos mais importantes registros da influência e da obra do artista Roberto Burle Marx”, disse Machado Neto.

A história do Sítio
Em 1949, Roberto Burle Marx e seu irmão Guilherme Siegfried compraram o imóvel com a finalidade de abrigar coleção botânica, testar novas associações de plantas e cultivar mudas. A partir de então, a casa foi sucessivamente reformada e ampliada; foram construídos a Loggia, o Salão de Festas (conhecido como Cozinha de Pedra), a Casa de Pedra, o Prédio da Administração e o Ateliê; a Capela de Santo Antônio da Bica, do século XVII, foi restaurada e mantida em uso pela comunidade.

No ano de 1985, Burle Marx doou o Sítio ao governo federal a fim de assegurar sua preservação, a continuidade das pesquisas, a disseminação do conhecimento adquirido e o compartilhamento daquele espaço único com a sociedade. Após a morte do artista em 1994, o sítio passou a ser gerido pelo Iphan e se tornou um centro cultural.

O legado de Burle Marx
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Nascido em 1909, em São Paulo, Burle Marx foi criado no Rio de Janeiro, onde faleceu em 1994. Com milhares de projetos espalhados pelo mundo, concebeu paisagens de grande destaque no país, como os jardins do Complexo da Pampulha, em 1942; o jardim do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1954; o paisagismo do Aterro do Flamengo, em 1961; os jardins da sede da Unesco, em Paris, e o famoso traçado do “calçadão” de Copacabana, em 1970.

Além de paisagista, Burle Marx foi também artista plástico, pintor, escultor, designer de joias, figurinista, cenógrafo, ceramista e tapeceiro. Todas as facetas da sua obra podem ser apreciadas no SRBM, um grande laboratório de experimentações botânicas e artísticas.
Na propriedade também se encontram exemplares das 34 espécies que possuem relação direta com Burle Marx: duas delas descritas diretamente pelo paisagista, 16 nomeadas em homenagem a ele e outras 16 cujas descrições utilizaram materiais coletados nas expedições promovidas por Roberto.
Parte do acervo museológico do Sítio está disponibilizada em um banco de dados específico para registro, gestão, pesquisa e acesso público. Consulte aqui e conheça também o folheto do SRBM.

SÍTIO ROBERTO BURLE MARX:
Estrada Roberto Burle Marx, No. 2019 – Barra de Guaratiba CEP: 23020-255 – Rio de Janeiro/RJ Tel.: (21) 2410.1412
Agendamento de visitas por e-mail: visitas.srbm@iphan.gov.br
Devido à pandemia, as visitas estão acontecendo em pequenos grupos, de 3ª feira a sábado, às 13h, 13h30 e 14h. São obrigatórios uso de máscaras, higienização das mãos, álcool em gel e distanciamento.
Crédito da imagem 1: Marlon da Costa Souza
Crédito das imagens 2, 3, 4 e 5: Oscar Liberal / Iphan

 

fonte:
https://www.gov.br/iphan/pt-br/assuntos/noticias/sitio-roberto-burle-marx-recebe-titulo-de-patrimonio-mundial-da-unesco

Sítio Roberto Burle Marx É Reconhecido Como Patrimônio Mundial Da Unesco
Madeira Certificada – Aliando Design e Sustentabilidade

O vírus Sars-CoV-2 é indiscutivelmente a pauta mais debatida desde a chegada da pandemia em terras brasileiras. No entanto, há outro assunto que anda estampando capas de jornais e preocupando ambientalistas, estudiosos, empresas e parte da população: o desmatamento na Amazônia.

A maior floresta tropical do mundo sofreu níveis de desmate gigantescos em abril de 2021. De acordo com dados do DETER, sistema de monitoramento vinculado ao Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o quarto mês do ano foi marcado pelo nível recorde de destruição da floresta: foram quase 600 km² devastados pela ação do homem.

O número por si só já assusta. Mas se comparado ao mesmo período do ano anterior, ele parece ainda pior.  A subida ascendente de desmatamento chegou a 43% em relação a 2020.

Os resultados de tamanha devastação desencadeiam diversos problemas como:

  • Diminuição da biodiversidade local;
  • Alterações no clima;
  • Degradação do habitat;
  • Conflitos sociais;
  • Violência contra os povos indígenas.

Por esta razão a questão não pode mais ser encarada como um problema de poucos. Sobretudo para profissionais de arquitetura e decoração. Para se ter uma ideia, cerca de 25% da madeira proveniente das florestas é destinada à indústria da construção- de acordo com dados do WWI-Worldwatch Institute.

Ainda que as casas brasileiras sejam majoritariamente construídas de alvenaria, diferente de outros países que adotam a madeira como matéria-prima central nas edificações residenciais, o processo construtivo como um todo necessita desde material.

Por isso, é de suma importância que profissionais saibam a procedência das madeiras adotadas em seus projetos ou que compõem móveis escolhidos para fazerem parte de um ambiente.

Como saber se a madeira é certificada?

Foi-se o tempo em que se comprava ou indicava um móvel apenas pela sua beleza. Saber a procedência dos materiais que o integram tornou-se uma prática adotada por profissionais preocupados com o meio ambiente e que compreendem o estimado valor por trás do trabalho feito por certificadoras acreditadas.

Mas afinal, como saber se a madeira que você pretende usar nos seus projetos é proveniente de manejo responsável?

Elencamos abaixo alguns meios que te ajudam a identificar a procedência da madeira. Acompanhe:

DOF- Documento de Origem Florestal

Talvez o mais conhecido dentre todas as certificações brasileiras, o DOF é emitido pelo Ibama. Esta licença dá direito ao transporte e armazenamento de produtos provenientes de florestas nativas.  Se enquadram nesta lista Produto Florestal Bruto como madeiras em tora e Produto Florestal Processado, como madeiras serradas, portas e rodapés.

A emissão do DOF pode ser feita via internet dentro do portal do Ibama.

FSC – Forest Stewardship Council

De origem alemã e amplamente aceito em território nacional e internacional, o FSC se caracteriza como uma organização não governamental criada com o propósito de promover o manejo florestal responsável. Toda empresa ligada à cadeia produtiva florestal de produtos madeireiros (e não madeireiros como sementes e óleos) que cumpram os requisitos do FSC pode adquirir o selo.

Vigoram dentro do Forest Stewardship Council, três modalidades de certificação:

  • Manejo Florestal

Garante o manejo responsável de florestas. Pequenos, médios e grandes produtores podem obter o certificado se enquadrados nas diretrizes impostas pelo órgão.

 

  • Cadeia de Custódia

Assegura a rastreabilidade da matéria-prima até o produto que chega ao consumidor final.

 

  • Madeira Controlada

O mais elevado padrão do FSC orienta empresas certificadas a evitarem produtos de origem florestal inaceitável, como madeiras extraídas de forma ilegal ou que violam direitos tradicionais e humanos.

 

CERFLOR- Programa Brasileiro de Certificação Florestal

Com gestão de certificação aplicadas pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia), o CERFLOR tem suas normas criadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).  O programa tem como principal objetivo, certificar manejo florestal sustentável e da cadeia de custódia. Ele possui reconhecimento internacional pelo Programme for the Endorsement of Forest Certification (PEFC).

 

Mais que matéria-prima: uma joia

Ainda que a utilização da madeira seja algo corriqueiro no dia a dia de sua profissão, tratar esta matéria-prima como uma joia, preocupando-se com a origem, sua extração e com as pessoas por trás de toda esta cadeia engrandece o seu ofício, agrega valor ao seu projeto e claro, contribui para um planeta mais sustentável.

E assim como uma pedra preciosa, a madeira pode também ser perene.

Se bem tratadas, as madeiras atravessam gerações. Ganham novas características e podem até ficarem mais bonitas com o passar do tempo. A tal da beleza da imperfeição, sabe?

 

Coral Sparlack Cetol- a pele que sua madeira precisa

Coral leva as madeiras tão a sério que criou uma linha especial para proteger este material tão nobre.  Os Protetores Sparlack Cetol criam uma segunda pele na madeira, oferecendo maior resistência e durabilidade a ela.

Além disso, o produto foi pensado para acompanhar os movimentos naturais da madeira, criando uma película microporosa que não trinca e nem descasca.

 

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Agência Moulin
contato@agenciamoulin.com.br

Madeira Certificada – Aliando Design e Sustentabilidade